sexta-feira, 28 de janeiro de 2011







Acordas. Desligas o despertador. Olhas para o tecto do teu quarto e pensas, para ti, que ultrapassas-te outro dia. Levantas-te. Vais tomar banho, e ficas o máximo tempo possível encostada à parede com a água quente a correr pelo teu corpo abaixo. Sais do banho. Sentas-te na cama e ficas a pensar no nada. Nem dás pelo tempo passar. Quando dás conta das horas, fazes as coisas a correr. Perdes o bus. Apanhas o próximo. Chegas atrasada. A única coisa que te faz sorrir são os teus amigos. Acabam as aulas. Vais para a paragem. Apanhas o bus. Chegas à tua paragem. Sais. A caminho de casa, pões os fones. Ouves a tua música triste. Ficas deprimida. Chegas a casa e durante um bocadinho, sorris. Discutem. Vais para a casa de banho. Choras. E choras.  E choras again. Pensas em suicidio. Pensas em todas as pessoas que amas. Levantas-te. Olhas para o espelho e vês a tua figura. Lavas a cara. Sais e vais para o teu quarto. Deitas-te na cama e fechas os olhos. Pões os fones again. Naquele momento só uma pessoa é que te consegue fazer sorrir. Sorris. Dizem-te que iram estar sempre lá para ti. Choras, mais um bocadinho. Pensas porque raio é que estas a chorar. Levantas-te e vais com a cadela à rua. Está tanto frio que até te faz doer os ossos. Vais para casa. Deitas-te na cama. Pões os fones. Fechas os olhos. As lágrimas caem sem te dares conta. Continuas a chorar, mas agora com ainda mais força. És apanhada. Perguntam-te o que se passa. Tu respondes. Pensam que não estás bem. Vão se embora. Deitas-te. Ficas a olhar para a parede. As lágrimas continuam a cair. Fechas os olhos. Adormeces.

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