Acordas. Desligas o despertador. Olhas para o tecto do teu quarto e pensas, para ti, que ultrapassas-te outro dia. Levantas-te. Vais tomar banho, e ficas o máximo tempo possível encostada à parede com a água quente a correr pelo teu corpo abaixo. Sais do banho. Sentas-te na cama e ficas a pensar no nada. Nem dás pelo tempo passar. Quando dás conta das horas, fazes as coisas a correr. Perdes o bus. Apanhas o próximo. Chegas atrasada. A única coisa que te faz sorrir são os teus amigos. Acabam as aulas. Vais para a paragem. Apanhas o bus. Chegas à tua paragem. Sais. A caminho de casa, pões os fones. Ouves a tua música triste. Ficas deprimida. Chegas a casa e durante um bocadinho, sorris. Discutem. Vais para a casa de banho. Choras. E choras. E choras again. Pensas em suicidio. Pensas em todas as pessoas que amas. Levantas-te. Olhas para o espelho e vês a tua figura. Lavas a cara. Sais e vais para o teu quarto. Deitas-te na cama e fechas os olhos. Pões os fones again. Naquele momento só uma pessoa é que te consegue fazer sorrir. Sorris. Dizem-te que iram estar sempre lá para ti. Choras, mais um bocadinho. Pensas porque raio é que estas a chorar. Levantas-te e vais com a cadela à rua. Está tanto frio que até te faz doer os ossos. Vais para casa. Deitas-te na cama. Pões os fones. Fechas os olhos. As lágrimas caem sem te dares conta. Continuas a chorar, mas agora com ainda mais força. És apanhada. Perguntam-te o que se passa. Tu respondes. Pensam que não estás bem. Vão se embora. Deitas-te. Ficas a olhar para a parede. As lágrimas continuam a cair. Fechas os olhos. Adormeces.
sexta-feira, 28 de janeiro de 2011
quarta-feira, 26 de janeiro de 2011
quarta-feira, 19 de janeiro de 2011
terça-feira, 18 de janeiro de 2011
terça-feira, 11 de janeiro de 2011
« Pega no telefone e liga-lhe, não tens nada a perder. Diz-lhe que tens saudades dele, que ninguém te faz tão feliz, que os teus dias são secos, frios e áridos, como um deserto imenso, sem oásis nem miragens, sempre que não estão juntos. Pega no telefone e liga-lhe. Se ele não atender, deixa-lhe uma mensagem. Ou então escreve-lhe uma mensagem a dizer que queres estar com ele. Não te alongues nem elabores, os homens nunca percebem o que queres deixar cair nas entrelinhas. Tens de ser clara, directa, incisiva. E não podes ter medo, porque o medo é o maior inimigo do amor. Pega no telefone e liga-lhe. Liga as vezes que forem precisas até conseguires uma resposta, a paz de uma certeza, mesmo que essa certeza não seja a que desejavas ouvir. Mas não fiques quieta, à espera que a vida te traga respostas. A vida é tua, tens de ser tu a vivê-la, não podes deixar que ela passe por ti, tu é que passas por ela »
domingo, 9 de janeiro de 2011
sexta-feira, 7 de janeiro de 2011
Todos nós nos lembramos das histórias da nossa infância. O sapatinho serve á Cinderela, O sapo transformou-se num principe, a Bela Adormecida foi acordada com um beijo. "Era uma vez" e então "viveram felizes para sempre". Contos de Fadas. As coisas dos sonhos. O problema é que os contos de fadas não se tornam realidade. São as outras histórias. Aquelas que comecam na noite escura e tempestuosa e acabam no inexplicável. Os pesadelos parecem tornar-se sempre realidade. A pessoa que inventou a expressão "Felizes para sempre" Devia de ter levado com toda a força!
quinta-feira, 6 de janeiro de 2011
Céu, Inferno, Limbo, ninguem sabe realmente para onde vamos ou o que há á nossa espera quando lá chegarmos. Mas a única coisa que podemos realmente dizer, com certeza absoluta, é que há momentos que nos levam para outro lugar, momentos do céu na terra. E talvez, por agora, isso é tudo o que precisamos de saber.
quarta-feira, 5 de janeiro de 2011
« Lembram-se quando eramos pequeninos e acidentalmente mordemos uma criança, no recreio ? Os nossos professores vinham logo e diziam "Pede desculpa!", e nós diziamos, porque eramos obrigados, mas não o sentiamos porque o estúpido do miudo que mordemos mercia totalmente. Mas há medida que crescemos, pedir desculpa não é assim tão simples. Depois dos dias do recreio terem terminado, não podes apenas dizer, tens que o sentir. »
Quando estamos a morrer ou já sofremos uma perda catastrófica, todos passamos por cinco diferentes estados de dor. Entramos em Negação, porque a perda é tão impensável que não conseguimos pensar que é verdade. Ficamos irritados com todos, com os pais, com nós mesmo. Então tentamos negociar, imploramos, Suplicamos. Oferecemos tudo o que temos, oferecemos a nossa alma na troca de mais um dia. Então quando a negociação falha e a raiva é muito difícil de manter, caímos na depressão, no desespero, até que finalmente temos que aceitar que fizemos tudo o que podíamos fazer. Deixamos ir. Deixamos ir e passamos para a aceitação.
O Sofrimento pode ser uma coisa que todos nós temos em comum, mas é diferente em todos. Não é a morte que temos apenas de lamentar. É a vida. A perda. A mudança. E quando perguntamos porque é que tem que ser tão mau, às vezes, e doer tanto. A coisa que nós temos de tentar lembrar é que pode se transformar num centavo. Isso é como ficar vivo. Quando dói tanto que não consegues respirar, é assim que sobrevivemos. Ao lembrar que um dia, de alguma forma, possivelmente, não te vais sentir assim. Não vai doer tanto. O sofrimento vem no seu tempo para todos, à sua maneira. Assim, o melhor que podemos fazer, o melhor que toda a gente pode fazer, é tentar a honestidade. A coisa mais parva, a pior parte do sofrimento é que não o podes controlar. O melhor que podemos fazer é deixar sentir isso quando vem. É deixá-lo ir quando podemos. A pior parte é que no minuto que pensas que já o passaste, começa tudo outra vez. E tira nos sempre a respiração. Há cinco fases de sofrimento. São sempre diferentes em todos nós, mas há sempre cinco.
Negação. Raiva. Negociação. Depressão. Aceitação.
Negação. Raiva. Negociação. Depressão. Aceitação.
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